Com os números de Covid-19 a aumentarem, vemos cada vez mais medidas restritivas. Actualmente, em Portugal, temos o recolher obrigatório entre as 23h e as 5h, e aos fins de semana das 13h às 05h da manhã.
Desde do início que tem sido uma dura luta contra um inimigo invisível. Os primeiros meses foram difíceis de superar, tanto fisicamente como mentalmente.
Neste post vamos ver o trabalho de cinco artista que utilizaram o confinamento e esta pandemia como fonte de inspiração.
Abigail McGourlay
A jovem pintora de Sheffield venceu a competição Isolation Artwork Competition com a sua pintora intitulada Brewing.
Sobre a sua pintura a autora diz-nos o seguinte:
“Lidei mal com a situação atual tanto mentalmente como fisicamente. A incerteza do confinamento deixou-me com bastante stress e, no inicio, achei difícil sentir-me motivada. Mas é devido ao confinamento que redescobri o meu amor pela pintura. Esta peça captura um verdadeiro momento de conforto, com as minhas duas coisas favoritas, um banho de espuma quente e uma caneca de chá quente".
Bruno Borges
Nos meses de confinamento, pudemos acompanhar nas redes sociais de Bruno Borges as suas reflexões sobre o estado das coisas. Os dias com a família, o absurdo e o medo da situação, e tudo o que a pandemia nos trouxe.
Os posts foram complicados e reunidos num livro, intitulado Os Diários do Corona, da Editora Fojo/ O Gorila.
Christopher Kieling
O pintor Christopher Kieling, pintou os cenários que tinha à sua disposição durante o seu confinamento, o seu apartamento.
As suas pinturas possuem uma forte componente matemática. Os padrões são rigorosamente trabalhados digitalmente e depois desenhados na perfeição sobre a tela. O padrão, por vezes, ocupa todo o espaço da tela e contém nele a sensação de movimento. Essa sensação guia o nosso olhar para elemento principal da peça. O movimento leva-nos ao motivo da pintura que aparenta estar estático, servem como elementos de contemplação. E servem como elementos de quebra na pintura, isto é, os padrões geométricos são excessivamente perfeitos, e a existência deles é contra-balançada por elementos naturais (como a mulher e a planta) ou que sejam manufacturados pela mão humana (como a cadeira).
Andrei Popa
O ilustrador imaginou um prédio com 26 vizinhos. Cada vizinho uma letra do alfabeto. Os vizinhos, como todos nós, fazem as suas actividades e rotinas dentro dos seus espaços, apesar das idiossincrasias há certas qualidades e acções comuns a nós todos.
Andrei Popa, disse o seguinte acerca do projecto: “Por outro lado, vendo de janela em janela ou de letra a letra, também pode resultar como um espelho de nós mesmo, e tenho certeza de que muitos se encontrarão em pelo menos um dos casos. De A a Z, cada janela é uma vida diferente, vivendo uma história pessoal diferente. Um ABC que captura o espírito íntimo estético da vida”.
Mariano Pascual
As suas ilustrações são claustrofóbicas e surreais. Os principais sentimentos experienciados por Pascual. As ilustrações são representações da sua mente. Apesar do realismo espacial das ilustrações, há elementos que destoam da normalidade.
Pascual diz o seguinte: “As cenas parecem confusas e um pouco desarrumadas porque acho que meus pensamentos não estão em ordem também.
Queria que essas salas parecessem comprimidas e apinhadas, cheias de objetos para dar a impressão de que estão a sufocar-nos. E pra ser honesto, todo o tempo confinado em casa e ao passar muitas horas no mesmo espaço às vezes acaba sendo meio caótico”.
https://www.connected.theartssociety.org/isolation-artwork-competition
https://bandasdesenhadas.com/2020/09/20/diarios-do-corona-de-bruno-borges/
https://tintanosnervos.com/Diarios-do-Corona-De-Bruno-Borges-Preco-10
https://www.creativeboom.com/inspiration/sierra/
https://www.creativeboom.com/inspiration/the-lockdown-mariano-pascual/
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