quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Gravura

            A gravura é utilizada desde o século XV, o material utilizado como suporte, ou seja, a matriz é o que identifica o tipo de gravura, pode ser de madeira, linóleo, metal, entre outros.

           A partir da matriz, é possível imprimir inúmeras cópias, que são assinadas, numeradas, e no rodapé, é indicado o número do exemplar e quantas cópias foram produzidas e datadas pelo artista que as realiza. Dependendo do número de cópias realizadas, a gravura pode ser ou não mais valorizada, normalmente, as primeiras três cópias ficam na posse do próprio artista, pois a matriz ainda não está desgastada, estas cópias têm a sigla P. A., ou seja, Prova do Artista.


Gravuras após transferência para papel.


            As técnicas utilizadas são várias, a mais antiga é a Xilogravura. Esta técnica consiste em retirar de uma superfície plana em madeira, utilizando goivas, ferramentas de corte e entalhe, partes da madeira para que não sejam pintadas, tornando-se esta superfície, a matriz, e, após aplicar tinta, coloca-se uma folha de papel, é colocado na prensa, para que a tinta passe para o papel.

            Também a Linoleogravura é uma técnica mais recente, mas na qual é utilizado o mesmo processo da Xilogravura, com a diferença de que, nesta técnica, o suporte utilizado é uma placa de borracha, o linóleo, em vez de madeira.

            No século XV, para além da Xilogravura, também é utilizada a Gravura em metal, em que, como o nome indica, o suporte utilizado nas matrizes, são placas de cobre, de zinco, de alumínio, de latão, a gravação é feita diretamente na placa ou com banhos de ácido, sendo água-forte, água-tinta e ponta seca as mais utilizadas. Nestes casos, os químicos são aplicados nas zonas da matriz, que não estão protegidas pelo verniz, criando concavidades, surgindo efeitos especiais, como gradações de tons e uma vasta gama de texturas visuais. O processo que se segue, de transferência da tinta para papel, é idêntico aos outros exemplos acima descritos.


Gravação de uma imagem numa placa de metal.


            Ainda outra técnica, também, com a utilização de químicos é a Litografia. É desenhado com um material gorduroso sobre uma pedra calcária e a imagem é gravada com a aplicação de ácido sobre a mesma. O processo de transferência de tinta para papel é idêntico ao anteriormente descrito.


Transferência de tinta de pedra calcária para papel.


            Na segunda metade do século XX, a Serigrafia ganha fama entre os artistas. Existem várias técnicas de gravação de imagem, gravação a partir de um processo fotográfico, consiste na gravação de imagens numa tela de poliéster e utilizando um rolo com tinta, a imagem é transferida para o papel.


Gravação utilizando processo fotográfico.


Bibliografia:

https://www.historiadasartes.com/olho-vivo/atelie/gravura/ 

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