Seymour Chwast é um dos grandes nomes do design mundial e responsável pela reconciliação do design gráfico com a ilustração.
Nasceu em Nova Iorque em 1931 e desde cedo estudou artes visuais.
Seymour frequentou a Abraham Lincon High School, onde ganha gosto pela tipografia e posters. Aos 16 anos de idade, Seymour Chwast tem a sua primeira ilustração publicada na revista Seventeen Magazine, que era dirigida por Cipe Pineles.
Licenciado em 1951 pela Cooper Union for the Advancement of Science and Art, trabalhou no New York Times, e posteriormente como freelancer. Durante esta fase Seymour é influenciado pelas obras de Bem Shahn, George Grosz, Georges Rouault e Honoré Daumier. Estas influências de espírito reflectiam-se nas xilogravuras de Chwast com um espírito bastante crítico. Uma das obras mais antigas de Chwast é o “The Book of Battle”, sendo um manifesto anti-guerra ilustrado e pintado à mão. Como influências humorísticas Chwast tem como referência os mestres da ironia e do paradoxo.
Fundou em 1954 com Milton Glaser , Edward Sorel e Reynold Ruffins, a Push Pin Studios tornando-se uma referência na comunicação gráfica mundial, chegando mesmo a ter um estilo gráfico associado e que percorreu as melhores galerias do mundo.
O primeiro trabalho desta equipa foi a produção de um trabalho de freelancer. Para propagandear este negócio, criaram uma peça promocional que defendia que o conceito/ideia por detrás de um design e ilustração é tão importante quanto a sua qualidade da finalização. O resultado foi o famoso “Push Pin Almanack”, inspirado no Farmer’s Almanack, cada edição era dedicada a um tema específico, incluído ilustrações e trivialidades. Devido ao ecletismo presente na “Push Pin”, influenciado pelo estilo Victoriano e Arte Nova, são acusados de contribuir para o fim do modernismo. No entanto, o que se estava a criar eram sim respostas a estímulos presentes na época, mesmo que antevendo o pós-modernismo dos anos 80 sem respeito a quaisquer teorias ou práticas. Chwast inclusivamente deixou de criar xilogravuras por achar que estas teriam perdido a sua expressividade. A necessidade de responder aos estímulos e necessidades dos clientes de forma contemporânea e integrada era superior à vontade de imitar o passado.
Só assim é possível que surja um estilo visual conhecido como “Push Pin” que de forma eclética une a ilustração com o design
nunca premeditado, mas em resposta às necessidades dos trabalhos. Os trabalhos da “Push Pin” estavam presentes em todo o tipo de meios, desde os livros infantis e capas de álbum até às capas de revista como a LIFE ou a TIME. Prova da qualidade da “Push Pin” foi durante dois meses, no Museu do Louvre, decorrer a retrospectiva “The Push Pin Style” e daí viajou pelo mundo fora.
Em 1975, com a saída de Glaser da Push Pin, Chwast fica como único membro original da” Push Pin”. Continuando o trabalho do estúdio, contratando talentosos designers para trabalhar consigo. Nesta fase Seymour Chwast dedica-se mais ao poster e ilustração de livros infantis.
Atualmente Seymour continua á frente da Push Pin, com diretor artístico, dá aulas e palestra regularmente em escolas. É um dos pilares contemporâneos do design actual. A reconciliação da ilustração com o design gráfico, aquando do modernismo e do Movimento Internacional, ofereceu uma alternativa sólida, consistente e acima de tudo que ainda hoje é actual nas mensagens que transmite, afirmando o Design Gráfico como uma disciplina que se deve exercer de diferentes perspectivas, enriquecendo-a.
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