Através da sua técnica de stencil vai deixando as suas obras em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo.
Foi muito provavelmente devido ao enorme sucesso de Bansky ao longo dos último anos que surgiu a ideia de fazer uma exposição itinerante. Mas não será contraditório levar as obras (e algumas reproduções) de um artista de rua, cuja identidade se demarca por ter uma arte ‘gratuita’, para uma sala de exposições paga?
Alegadamente o artista não apoia qualquer exposição em seu nome. Com diferentes designações esta exposição já passou por cidades como Moscovo, Madrid, Paris e, mais recentemente, Lisboa – ‘Bansky: Genius or Vandal’.
Se o artista, mesmo mantendo o anonimato, produz arte urbana, ao acesso de qualquer pessoa, como é criada uma exposição desrespeitando a identidade por trás da criação das obras? Se o próprio artista afirma que são exposições falsas e que nenhuma tem a sua autorização, que interesses existirão?
É fácil para o curador reunir um conjunto de trabalhos que têm acesso livre. E mesmo aquelas peças emprestadas por colecionadores privados virão a ser bastante valorizadas. Quando o artista coloca a sua obra ao dispor de qualquer um, corre riscos. Mas fazer uma reinterpretação do trabalho que critica o sistema, colocando-o no circuito do sistema, não será destruir a identidade do artista?
Site oficial de Bansky onde o artista revela como fake todas as ‘suas’ exposições.
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Uma das manifestações que gerou mais polémica terá sido a destruição da obra Balloon Girl, na Sotheby’s de Londres, após ter sido leiloada. Esta ação veio a chocar muitas pessoas, no entanto perfeitamente compreensível dentro do ‘estilo Bansky’.
A realidade é que desconhecemos se o artista está ou não envolvido com a organização destas exposições, ou se simplesmente captaram a essência do seu trabalho e a transpuseram neste sentido. Nada mais nos deixa o artista senão com suposições acerca desta movimentação das suas obras.
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