Metáfora da “mão inteligente”
1975
Papel
Tinta-da-china
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Escrita descendente
1979
Papel
Tinta-da-china
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Escuta o conto profano
1998
Papel
Tinta-da-china
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O encontro
1997
Papel
Tinta-da-China
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O mar que se quebra
1998
Papel
Tinta-da-china
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O trabalho de Ana Hatherly caracteriza-se por uma experimentação profunda e livre da escrita, explorando a escrita na sua expressão visual, mais do que semântica. Uma reflexão sobre o ato da escrita, sendo que este é o principal tema das suas imagens/textos - as palavras e a sua transformação em desenhos e pinturas.
Hatherly foca-se em explorar a escrita mais como gesto, como se a mão fosse um corpo independente, resultando em composições não pouco legíveis, indo de encontro à função que o texto e as letras e palavras teriam. Deixando a composição de ser lida, para passar a ser olhada.
A escrita é de tal forma utilizada como traço que começa a formar composições, que até por vezes se assemelham a figuras que conhecemos, corpos. O texto que se desfaz para se transformar em figura. Deixa de ser texto para se transformar num rasto de si deixado na imagem. E a folha branca como caminho e a mão que escreve como condutora dessa experiência de exploração.
Nos trabalhos de Ana Hatherly o texto perde as suas fronteiras e a escrita a sua função para ganhar outra, a do traço e, com isto, faz a escrita ser observada por si, como forma, não como texto. A sua obra é uma homenagem à escrita.
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