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Julio Plaza foi um artista plástico e designer gráfico nascido em 1938, em
Madri. Em 1967 foi para o Brasil para representar a Espanha na IX Bienal de São
Paulo. Mais tarde foi para o Rio de Janeiro, onde passou dois anos a estudar na
Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI). Foi designer
gráfico do jornal "Zero Hora", em Porto Alegre, para onde se mudou em
1969. Fez os projetos dos catálogos da 16ª e da 17ª Bienal de São Paulo, em
1981 e 1983. Em 1973, radicou-se em São Paulo, onde foi professor em várias universidades, entre elas a Faap e a ECA /
USP, tendo influenciado grande parte da chamada "Geração 80".
Seguidor
da tradição do construtivismo europeu, tornou-se um dos artistas mais importantes
da história da arte no Brasil e também no mundo. Seu trabalho, além da produção
artística, também se desdobrou no campo teórico. Publicou vários livros, como
por exemplo "Tradução Intersemiótica", “Arte
e interatividade: Autor-obra-recepção” e "Os
Processos Criativos com os Meios Eletrônicos: Poéticas Digitais", este último
em parceria com Monica Tavares.
Dentre as suas obras destacam-se o
livro “Objeto”, feito em serigrafia com recortes (um exemplo típico do que
viera a chamar posteriormente de obra
aberta);
o livro “Poemobiles”, que
nasce do encontro com o poeta concreto Augusto de Campos e se caracteriza por
ser uma série de objetos-poemas tridimensionais que
se movimentam e se reconfiguram a partir da manipulação do leitor;
e o livro “Poética-Política”, no qual que Julio
questiona e subverte as relações de poder entre países e continentes através de
uma composição feita a partir de uma sequência de silhuetas do mapa-mundi e do
mapa da América Latina;
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Referências Bibliográficas:
SILVEIRA,
P. Definições e indefinições do livro de artista. In: A página violada: da
ternura à injúria na construção do livro de artista [online]. 2nd ed. Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 2008.
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