quarta-feira, 6 de novembro de 2019

A evolução da tipografia no movimento Punk






     Nos anos 1970, a Grã-Bretanha vivia um período de rescisão face ao Modernismo e foi nesta altura que o movimento Punk surgiu como resposta ao estilo standardizado da época. Tudo era igual: moda, música, o que passava na televisão. O Punk veio como que uma ruptura com esse modo de vida. Quando surgiu, o movimento sobressaiu pelo seu carácter DIY, de rebelião contra o sistema em vigor e como nova linguagem musical que rompia com todas as normas. A par da música, também a moda, literatura e artes em geral sofriam renovações caóticas e all over the place. De mãos dadas com a frescura musical que imperava, uma nova abordagem em design também surgiu, indo de encontro ao estado de caos e anarquia que os artistas queriam transmitir. E se pensarmos num estilo de música que mais facilmente é destacado pela tipografia, o punk é certamente aquele que mais rapidamente nos vem à cabeça. As fanzines tornaram-se também amplamente populares e tiveram também um grande uso para divulgar a cultura underground entre os seus seguidores.




 



     Na linha da frente estavam os Sex Pistols, a quem Jamie Reid, (artista também ligado ao movimento punk e anarquista) atribuíu um cunho intemporal que os destacaria para sempre através das colagens de estilo Ransom-Note, recortando letras de jornais e revistas e trabalhando-as sem as regras impostas por uma grelha.








     Nos anos 1980, a invenção do Apple Mac trouxe um novo alento ao design do punk, já que os seus criadores designers podiam aceder a várias fonts pela primeira vez e ver em ecrã aquilo que estavam a trabalhar antes da passagem para o palpável. Hoje em dia existem várias apropriações do estilo e retificações de fonts.





Neville Brody criou a identidade da "Punk London", uma série de eventos que durante um ano celebraram os 40 anos do movimento punk.

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