segunda-feira, 26 de maio de 2025

“Pinóquio – Cyber estórias para um velho boneco” na Casa Mantero, em Sintra – mergulho no universo imaginário infantil do “ser”, entre o passado e o presente.


A companhia de Teatro TapaFuros encontra-se em cena com uma peça para crianças no Jardim da  Biblioteca Municipal de Sintra: “Pinóquio – Cyber estórias para um velho boneco”, a partir do conto de Carlo Collodi, entre os dias 3 e 25 de maio, aos sábados 17h00 e domingos às 11h00. Reservas: 968610105 / producao@tapafuros.com/ R. Gomes de Amorim 12-14 - Sintra. 
Uma adaptação livre de Rui Mário desta obra clássica, “que aqui ganha uma nova visão, um Pinóquio dos tempos modernos, mas que continua a fazer sonhar todas as crianças e jovens que assistem”, pode ler-se. Como uma característica própria e envolvente, do teatro de rua dos TapaFuros, o público é convidado a participar nesta nova aventura de Teatro para toda a Família, nos jardins da Biblioteca Municipal de Sintra – Casa Mantero.  Duração 50 min | M/ 6.                           
A partir do conto Carlo Collodi | Texto Original Rui Mário | Encenação Rui Mário | Música Original Pedro Hilário | Interpretação Ana Valente; Nuno Fonseca e Zé Redondo | Cenários e adereços André Fradique | Figurinos Sónia Marques e Xana Capela | Design Gráfico Adriano Lopes | Fotografia Sérgio Santos e André Rosa | Produção Executiva Samuel Saraiva | Produção Teatro TapaFuros. Este espetáculo foi realizado ao abrigo do Programa Apoio às Artes Performativas – PIAP 2025.
“O trabalho do colectivo marca-se por uma estratégia bem definida de sensibilização de públicos e da sua recepção, sendo as produções apresentadas na rua a prova dessa aposta, ao fazer com que os espectadores se sintam integrados nos seus espectáculos, participando como figurantes num jogo teatral que se pretende, antes de mais, comunicante – conforme sucedeu em vários locais como o largo fronteiro ao Palácio Nacional de Sintra, a Quinta da Regaleira, Biblioteca Municipal - Casa Mantero ou Parque da Liberdade e, mais recentemente, no igualmente prestigiado Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas. O reconhecimento do trabalho do colectivo, por parte da edilidade Sintrense, teve um ponto de relevo com a atribuição da medalha de mérito municipal grau ouro. Tem como mecenas a Fundação CulturSintra e como parceira a Câmara Municipal de Sintra." 

O Teatro TapaFuros, fundado pelo Rui Mário, em 1990, com 33 anos de atividade ininterrupta em Sintra, tem desde sempre procurado a versatilidade que julga imprescindível face ao panorama cultural contemporâneo. Rui Mário, de formação em Filosofia, pela Universidade de Letras de Lisboa, pertenceu à companhia de teatro da Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa. Desde sempre, a sua paixão, não o fez parar. Criou ainda, a companhia de teatro da escola secundária Leal da Câmara, em Rio de Mouro-Sintra, "Os Reticências", e trabalhou em parceria com o animador cultural e músico Pedro Hilário, desde 2001(em 2008 começa a trabalhar no TapaFuros a tempo inteiro). Desde sempre, que este Teatro Escolar tem desenvolvido grandes atores, os quais, passam para o TapaFuros e são lançados para outros voos dentro do teatro, cinema, telenovelas e outras profissões ligadas ao Teatro em Portugal. Com o mestrado em Ensino do Teatro, da Escola Superior de Educação, continua o seu trabalho também como professor de Teatro, na mesma escola. 

 A Companhia de Teatro TapaFuros trabalha em 4 variantes do teatro: Teatro de Rua (dia), Teatro de Rua/Performance (noite), Teatro de Sala e Teatro Infantil, a sua sede tem sido em Mem Martins, no Estúdio 2M.

                                                              Pelas quatro e meia da tarde entra-se pelo pátio da Biblioteca e, aparece uma pequena mesa forrada com uma toalha amarela, a pequena recepção. Um ator da companhia atende com uma sincera simpatia e cortesia. Paga-se, e em troca um pequeno bilhete encantador, de uma excelente qualidade gráfica e impressão sobre papel. Diretamente para a agradável e recuperada cafetaria, com uma esplanada visualmente decorada, com a paisagem mágica da serra, com o Castelo dos Mouros. A fila forma-se pelos alegres pais e filhos, que afinal entram  com a idade de 2 anos. Os 6 anos eram referente aos seus familiares. Dentro da cafetaria, o balcão estava cheio devido ao letreiro que dizia: “Fábrica de Queijadas”. Um espaço amplo e cheio de estudantes que trabalham ao som da Cafetaria. Dentro desta, num pequeno, mas largo corredor, uma pequena Galeria de Arte com uma exposição da artista plástica Ana Margarida Ferraz. Uma casa de banho ampla e mista, contém também um grande ponto forte, uma pega para os casacos e malas das mulheres, na parte de trás da porta.

No início do espetáculo vêm buscar o público ao pé da mesa Amarela. Os pais e as crianças sobem as escadas e todos seguem o guardião do jardim. Por entre árvores aparece o espaço do palco ao ar livre. A plateia forma um arco, e as crianças ficam à frente nos colchões, os pais atrás sentados em cadeiras. A música é contemporânea e misteriosa, vai estar sempre de acordo ao longo da história. O narrador é uma voz gravada, alta e forte que parece vir do jardim.  O cenário é o jardim, e os acessórios são simples, mas eficazes: Uma caixa com rodas que se vai abrindo e se desloca ao longo do espetáculo; a sua pintura está entre o clássico, o brinquedo e os efeitos digitais; abre-se em várias situações: é  a bancada computadorizada para a construção do Pinóquio, um teatro de fantoches, onde aparecem as personagens do país das brincadeiras, as quais, se vão transformar em personagens verdadeiras, a máquina cibernética que o transforma numa criança humana. Um caixote enorme e verde que vai ser uma prisão, um saco de moedas e um boneco fixo e gigante com umas longas barbas e ganha vida com os braços de um ator no seu interior (o guardião do país das brincadeiras), com uma voz também alta, forte e imperial. A atmosfera criada pelo cenário, pelos acessórios, pelos figurinos das personagens à volta do Pinóquio, é saída de contos clássicos, como a Alice no País das Maravilhas, o Quebra-Nozes, os Brinquedos que Ganham Vida. Com apontamentos atuais, óculos de sol, o menino malandro vestido à moda atual, a fada com bigode, o Pinóquio todo prateado como um robô. Os Figurinos estão muito bem adequados às cenas, são muito práticos de vestir e mudar rapidamente. São somente 3 atores: um, é o Pinóquio, que tem de mudar e adquirir vários pequenos adereços ao longo do espetáculo, só no fim muda de roupa em palco, dentro da caixa que o transforma em criança. Os outros atores realizam, cada um, 5 personagens que aparecem de diversos sítios. O ritmo do espetáculo é muito bom, conseguem interagir com as crianças e prender a atenção delas o tempo todo, durante 50m. 


  

 “Avançamos no tempo, desde os idos do sec. XIX e fazemos um “upgrade” nesta narrativa encantadora que nos fala da natureza humana, da infância e seus desafios, em suma: do que é crescer e tornar-se humano. Esta é a história de um menino que nasce a partir de uma motherboard, sempre metido em confusões, peripécias e mentiras. Cibernóquio gosta pouco da escola, prefere brincar e divertir-se. Facilmente se deixa enganar por outras pessoas, arranjando problemas. Depois, como não quer desiludir o pai, mente e o seu nariz cresce muito… O que acontecerá a este menino especial e ao seu nariz? Novas aventuras de um velho boneco! Prepare-se para uma viagem única e surpreendente, onde o clássico de Carlo Collodi ganha uma nova e eletrizante versão! Pinóquio – Cyber estórias para um velho boneco, a história que todos conhecemos é transformada numa aventura cibernética. Neste espetáculo, o famoso boneco de madeira não é feito de pinho, mas sim de uma motherboard que ganha vida diante os nossos olhos. Pinóquio, agora digital, enfrenta desafios e peripécias tão fantásticas e emocionantes quanto as do conto original, com a ajuda da sua inesquecível fada, a Fada XPTOUm espetáculo divertido e com reviravoltas inesperadas, que promete encantar toda a família, trazendo o equilíbrio perfeito entre tradição e inovação. As lições que Pinóquio nos ensina, mais atuais do que nunca, lembram-nos da importância de seguir o coração e de buscar sempre a nossa verdadeira essência."                    



As personagens que estes dois atores criaram foram:   

 O Gepetto: “Pensei em fazer só para mim uma bela invenção, surpreendente, mas uma invenção maravilhosa, que faça coisas incríveis e nunca vista, que espante tudo e todos.”                    O Cereja:“Mas de onde terá saído aquela vozinha que disse "ai"?... Aqui não há viva alma! Terá por acaso esta geringonça começado a falar e a queixar-se comoum rapaz? Não posso crer. Ora isto não passa de um circuito, de um monte de fios para montar um computador...”

Os 2 personagens do:"Grande Teatro do PAPAFOGO"
O Gato: "Olha para mim, por causa da paixão louca de estudar perdi a vista de ambos os olhos."
Raposa: "Nós não trabalhamos pelo nosso interesse: nós trabalhamos unicamente para enriquecer os outros."

o Master Pirilamps: “Se não vieres comigo vais arrepender-te. Onde vais encontrar um país tão bom para todas as crianças como nós?”

A Fada XPTO

O Condutor /O Apresentador do Circo do País das brincadeiras:"Vou fugir... O autocarro para o País das brincadeiras nunca vai parar..."

A Mensagem é para todos: é necessário estudar e aprender, há sempre tempo para brincar, cuidado com as tecnologias, não acreditar em tudo, nunca mentir e venham sempre ao teatro.