Maio; 2025
Os Jardins da Casa de São Roque, localizados no Porto, são parte da antiga Quinta da Lameira, ligados ao Palacete Ramos Pinto, hoje denominado Casa de São Roque. Estes jardins com uma área de 5,2 hectares, são um exemplo do romantismo paisagístico em Portugal, sendo um espaço cultural e um jardim público associado a um centro de arte contemporânea. Estes jardins foram concebidos no início do século XX por Jacinto de Matos, um dos mais influentes jardineiros da época, a pedido da família Ramos Pinto. Este espaço oferece ainda uma área infantil.
Do jardim é possível ver as
várias camadas da cidade do Porto, e á medida que se sobe o parque vai sendo
revelada uma margem cada vez maior da paisagem. É percetível o cuidado que
existe na manutenção da flora do parque tal como o seu apelo visual. Tocando no
assunto da flora, o parque tem espécies como Eucalipto, Jacaranda, Cinnamomum
Camphora. Outro ponto a destacar é a presença de seguranças no parque,
conservando o bom ambiente e bem-estar dentro dos jardins.
O elemento que se destaca mais no
parque, tendo em conta a experiência pessoal e individual, é o labirinto que,
visto de um ponto de vista do topo, é complementado pela paisagem que inclui o Rio
Douro.
O acesso ao jardim é bastante
fácil, mas se pensarmos em pessoas com mobilidade reduzida o jardim já não está
tão acessível, a entrada está construída em escadas que estão presentes em todo
o jardim, tanto como as subidas e descidas ingremes também podem dificultar a locomoção
no espaço. Outro ponto negativo no espaço é a falta de sinalética informativa
sobre as espécies botânicas e sobre a história dos elementos arquitetónicos,
este ponto limita um pouco a experiência, sem informar o visitante do que o
mesmo está a experienciar.
Durante a caminhada feita pelo
espaço, foi visto que este não tem muita afluência, talvez porque como a
entrada na Casa Museu de São Roque tem um valor monetário, e esta se situar
dentro do parque, o público assuma que a visita ao jardim também seja paga. No
espaço existe uma sensação de algo único, parecendo que se entrou noutro mundo,
isto pelo contraste do jardim com o lado de fora deste, poderá até ser descrito
como uma versão mais pequena da Quinta da Regaleira, em Sintra.
A integração da Casa São Roque
enquanto espaço de arte contemporânea cria um contraste interessante com os
jardins. A visita a este espaço dos Jardins da Casa de São Roque demonstra o
grande valor paisagístico e histórico que estes guardam, oferecendo uma experiência
que não é possível obter noutro ponto da cidade do Porto, que contem a fruição
estética e o contacto com a natureza.
A visita aos Jardins da Casa de
São Roque são um local ideal para passeios tranquilos, apreciação artística e
contacto com a natureza que revela um grande valor paisagístico histórico.
Referências:
Agenda Cultural do Porto. (n.d.).
Casa de São Roque – Porto. https://agendaculturalporto.org/os-melhores-jardins-e-parques-do-porto/casa-de-sao-roque-porto/
Câmara Municipal do Porto.
(n.d.). Parque de S. Roque. https://ambiente.cm-porto.pt/parques-e-jardins/parque-de-s-roque-2
Casa São Roque. (n.d.). Jardim.
https://casasroque.art/jardim/