quarta-feira, 21 de maio de 2025

Jardins da Casa Museu de São Roque

Maio; 2025

Os Jardins da Casa de São Roque, localizados no Porto, são parte da antiga Quinta da Lameira, ligados ao Palacete Ramos Pinto, hoje denominado Casa de São Roque. Estes jardins com uma área de 5,2 hectares, são um exemplo do romantismo paisagístico em Portugal, sendo um espaço cultural e um jardim público associado a um centro de arte contemporânea. Estes jardins foram concebidos no início do século XX por Jacinto de Matos, um dos mais influentes jardineiros da época, a pedido da família Ramos Pinto. Este espaço oferece ainda uma área infantil.

Do jardim é possível ver as várias camadas da cidade do Porto, e á medida que se sobe o parque vai sendo revelada uma margem cada vez maior da paisagem. É percetível o cuidado que existe na manutenção da flora do parque tal como o seu apelo visual. Tocando no assunto da flora, o parque tem espécies como Eucalipto, Jacaranda, Cinnamomum Camphora. Outro ponto a destacar é a presença de seguranças no parque, conservando o bom ambiente e bem-estar dentro dos jardins.

O elemento que se destaca mais no parque, tendo em conta a experiência pessoal e individual, é o labirinto que, visto de um ponto de vista do topo, é complementado pela paisagem que inclui o Rio Douro.

O acesso ao jardim é bastante fácil, mas se pensarmos em pessoas com mobilidade reduzida o jardim já não está tão acessível, a entrada está construída em escadas que estão presentes em todo o jardim, tanto como as subidas e descidas ingremes também podem dificultar a locomoção no espaço. Outro ponto negativo no espaço é a falta de sinalética informativa sobre as espécies botânicas e sobre a história dos elementos arquitetónicos, este ponto limita um pouco a experiência, sem informar o visitante do que o mesmo está a experienciar.  

Durante a caminhada feita pelo espaço, foi visto que este não tem muita afluência, talvez porque como a entrada na Casa Museu de São Roque tem um valor monetário, e esta se situar dentro do parque, o público assuma que a visita ao jardim também seja paga. No espaço existe uma sensação de algo único, parecendo que se entrou noutro mundo, isto pelo contraste do jardim com o lado de fora deste, poderá até ser descrito como uma versão mais pequena da Quinta da Regaleira, em Sintra.

A integração da Casa São Roque enquanto espaço de arte contemporânea cria um contraste interessante com os jardins. A visita a este espaço dos Jardins da Casa de São Roque demonstra o grande valor paisagístico e histórico que estes guardam, oferecendo uma experiência que não é possível obter noutro ponto da cidade do Porto, que contem a fruição estética e o contacto com a natureza.

A visita aos Jardins da Casa de São Roque são um local ideal para passeios tranquilos, apreciação artística e contacto com a natureza que revela um grande valor paisagístico histórico.





Referências:

Agenda Cultural do Porto. (n.d.). Casa de São Roque – Porto. https://agendaculturalporto.org/os-melhores-jardins-e-parques-do-porto/casa-de-sao-roque-porto/

Câmara Municipal do Porto. (n.d.). Parque de S. Roque. https://ambiente.cm-porto.pt/parques-e-jardins/parque-de-s-roque-2

Casa São Roque. (n.d.). Jardim. https://casasroque.art/jardim/