Lou Rogers, One Ounce of Fact is Worth a Ton of Theory (1912)
As antissufragistas começaram cedo e espalharam imagens negativas das sufragistas desde os meados de 1800 – quase desde que o movimento sufragista surgiu. As tiras humorísticas troçavam das sufragistas, projetando-as como ofensivas para os padrões sociais da época: feias, agressivas, velhas, solitárias, amargas e masculinas. Algumas revistas e jornais opiavam o voto feminino, outras gozavam da própria ideia de que as mulheres gostariam ou poderiam votar.
As caricaturas políticas eram/são desenhos destinados a expressar a opinião do artista, eram uma forma de atingir um amplo grupo de leitores, pois recorriam há utilização das imagens para chamar a atenção das pessoas e estes por vezes diziam mais sem dizer nada do que os próprios artigos escritos. As imagens carregavam poder nos anos 1800 e 1900, assim como fazem hoje. No início dos anos 1900, as sufragistas começaram a retomar ao controle, espalhando mais imagens próprias. Embora quase todos os artistas de desenhos humorísticos fossem do sexo masculino, um grupo surpreendentemente grande de artistas femininas começou a desenhar cartoons. Os seus desenhos espalharam-se por todo o país em jornais e revistas, divulgando a mensagem do sufrágio. Uma das primeiras e mais populares cartunistas femininas foi Annie "Lou" Rogers.
Lou Rogers, Welding in the Missing Link , The Judge (1912) |
Lou Rogers, The burden long ago called "Woman's Duty" (1912) |
Lou Rogers, Birth Control Review (1918) |
Outros, ainda menos lembrados, mas não menos dignos de respeito hoje, são Edwina Dumm, uma autora e desenhista de histórias em quadrinhos de longa data que acabou contribuindo com os seus desenhos para os quadrinhos da «Mulher-Maravilha». Grace Drayton, uma ilustradora que criou a personagem Dolly Dimples em 1905. E Ann O'Connor, uma artista de ilustração que trabalhou em revistas como a Ladies Home Journal e Good Housekeeping. Rogers foi pioneira na abordagem de temas controversos, como o sufrágio feminino e a reforma social. Ela usou os seus trabalhos para atacar a exploração das mulheres e a discriminação racial. Em 1909, ela tornou-se a primeira mulher a ter um cartoon publicado na revista Puck, intitulado «A Guerra do Sufrágio». Rogers também criou os personagens Little Lou e Miss Lizzie para a Life Magazine, que foram bem recebidos pelos leitores. Lou foi uma das muitas mulheres que avançaram na arte da agitação política, e seu trabalho.
Lou Rogers, The Judge (1912) |
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