Para a partilha de hoje, venho falar da Victoria Englund, designer multidisciplinar na área do design de tipos, branding e com imensa criatividade. Ela trabalha no estúdio Bedow, que se trata de um estúdio de design e branding com a sede em Estocolmo. É associado à construção de marcas que são progressivas, envolventes e duradouras.
Algo que me chamou especial atenção ao trabalho produzido pela Victoria, é a sua característica escorregadia. Existe um termo específico para isto a que me refiro, que é “snok”. Snok é a palavra sueca para cobras-água-de-colar, uma espécie também conhecida como cobra-aquática-de-colar, enfim, é uma cobra de água. E estas letras, as Snok Lettering, são desenhadas para explorar formas de letras orgânicas escorregadias.
[2] LEJA FREJ Lettering |
Letras construídas com formas de letras expandidas nítidas com inspiração na tipografia gótica.
Há um projeto com uma iniciativa bastante desafiante, o 36 Days of Type, que convida designers, ilustradores e artistas gráficos a expressarem a sua interpretação pessoal das letras e números do alfabeto latino e no qual a Victoria participou, desenvolvendo, soluções gráficas expressivas e com um caracter predominante e consistente. Achei um resultado incrivelmente bem trabalhado, e que vai de encontro ao trabalho mostrado anteriormente.
[3] Livreto 36 Days of Type, A |
[4] Livreto 36 Days of Type, B |
[5] Resultado do projeto 36 Days of Type |
Gosto particularmente desta solução serpenteada e ondulante com que Victoria decide trabalhar e explorar. A designer tem vindo a desenvolver vários projetos, apoiando-se, e não só, neste aspeto quase dançante das letras, onde há momentos em que a espessura impera e é uma das características em destaque, bem como o seu contraste. Por outro lado, explorando à mesma o traço fluído, em outros trabalhos, vai ao encontro de uma espessura mais leve, que se pode entender quase como um rabisco ou esquisso. Este aspeto é de igual forma bastante interessante e que, dependendo do que se é pretendido, chega a um resultado inovador, bonito e limpo, tal como já foi anteriormente mostrado nesta publicação. [1] e [2]
Quis partilhar o trabalho da Victoria Englund, também pelo
aspeto quase pictórico das letras produzidas. Consigo olhar para elas e quase
imaginar numa pincelada só, a designer a construir o corpo da letra.
Tenho vindo a reparar que o
domínio do Display Type é aquele que mais me interessa. Normalmente tendem a
ser mais criativas e passíveis de resultados inesperados, pois a legibilidade
da letra não é um requisito tão importante (mais ou menos), pois como se trata
de um título, consoante o conteúdo e contexto para o que é elaborado, faz
sentido e é aceite.
Podem espreitar o trabalho da artista, se vos despertou
interesse, em plataformas como:
Insta: @vicodisco
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