terça-feira, 9 de novembro de 2021

Leigh Ledare - A Modest Exchang

Leigh Ledare nasceu e cresceu em Seattle, Washington. Vive e trabalha em Nova Iorque. É um artista do pós-guerra e contemporâneo que através do seu trabalho levanta questões sobre a intimidade e o consentimento, transformando o espectador no voyeur de episódios privados que lidam com tabus sociais. 

Ledare utiliza a fotografia, o arquivo, a linguagem e o filme para explorar noções de subjetividade numa dimensão performativa. O seu trabalho é profundamente orientado por princípios psicológicos, principalmente a dinâmica de grupo, colocando em desconforto as realidades das construções sociais e os pressupostos objetivos que as rodeiam. É sobre como somos todos, mesmo como simples espectadores, simultaneamente sujeitos e objetos, colocados em teias de projeção, transferência e efeito. Ele trabalha tanto dentro da teoria fotográfica como na prática, mas sem que o seu trabalho se torne esotérico ou didático, como faz hoje em dia, tanto projetos fotográficos conceptuais e contemporâneos.

O seu trabalho tem sido objeto de grandes exposições a nível internacional, mais recentemente no Museum of the Arts Institute of Chicago, em Chicago; Manifesta 11, em Zurique; Kunsthal Charlottenborg, em Copenhaga; WIELS, em Bruxelas e The Garage Center for Contemporary Culture, em Moscovo, entre outros.

Num dos seus projetos, ele procura intervir no interior de uma coleção das revistas LIFE entre os anos de 1968 - 1972. A Modest Exchange (1968-1972 / 2011) é a adição de uma sobreposição geométrica a preto e branco que funciona como uma extensa estrutura abstrata que liga opticamente todas as partes do projeto completo, ao mesmo tempo que se introduz o conteúdo e layout inicial das revistas. Tanto no trabalho completo como em cada uma das 60 edições, o conteúdo inicial de cada revista expõe uma historia social e um passado cultural fundacional para o nosso contemporâneo. Os retângulos a preto e branco atuam como suportes para projetar, ocular, apontar e reordenar, através da disposição em jogo de figura e solo, pintura e suporte, passado e presente, e espelhando a troca perpetuamente redundante da imagem antiga por uma nova.

A revista pintada, mutilada e redistribuída como objeto de arte funciona meramente como fetiche, relacionando-nos metonimicamente a sistemas maiores de produção, desejo, consumo e troca, e à sua historicidade.






Referências:

https://leighledare.com/

https://www.artnews.com/art-in-america/features/leigh-ledare-63320/

https://artreview.com/summer-2014-review-leigh-ledare/

https://officebaroque.com/leigh-ledare-1

https://www.mutualart.com/Artist/Leigh-Ledare/862A748C49821218/Biography

 

 


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