A exposição “DESTINED FOR FAILURE” do artista DEALMEIDA E
SILVA, com curadoria de Nuno Crespo, inaugurou dia 11 de Janeiro. Pode ser
visitada do dia 12 de Janeiro ao dia 1 de Fevereiro entre Terça e Sábado das
14h00 às 19h00.
DEALMEIDA E SILVA é um jovem artista português que estudou
pintura nas belas artes. Desde que acabou o curso esteve em Berlin, Leipzig,
Hamburgo e Lisboa, sítios em que têm desenvolvido o seu trabalho.
Conheci o trabalho do artista, numa pequena residência que
fez no BREGAS, antigo atelier dos artistas João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira.
Recentemente inaugurou uma exposição com outros jovens
artistas, Igor Jesus, Tiago Alexandre, na casa-atelier Júlio Pomar.
O seu trabalho é particular, quase sempre pintura cheia de cores
fortes, temas clássicos, juntos de formas estranhas com uma linguagem do
grafiti.
O seu trabalho lembra-me o trabalho da artista norte americana
Katherine Bernhardt, pela bidimensionalidade das formas, fundos lisos, e pelo
jeito “infantil” em desenhar os objectos de uma forma totalmente despreocupada e
livre.
Esta exposição dividia-se em duas salas. A primeira continha
quatro grandes pinturas dispostas em quatro paredes. A segunda duas pinturas
grandes, uma pintura desengradada (só o pano) enviesada à sala no chão, uma
pintura com volume, ou seja, um objecto que remete para uma taça grega mas que
na minha opinião encontra-se no campo da pintura e não no da escultura, e duas
pinturas de pequenas dimensões, uma no alto da parede e a outra no baixo, quase
a tocar no chão.
“Neste sentido, os trabalhos de Dealmeida Esilva podem
constituir-se para o seu espectador como uma espécie inesperada de lições
anacrónicas de pintura onde se dá a ver a proximidade e relação entre, por
exemplo, Tintoretto, Giorgione, Tiziano, Bellini e Veronese (For all the
forgotten Muses, 2017). E esta é uma relação anacrónica porque não obedece a
nenhum principio cronico, temático ou estilístico, mas a um apetite voraz pelas
imagens, pela sua génese…” (Nuno Crespo)
É uma exposição bem conseguida, em que todas obras dialogam entre
si.
Em todos os trabalhos exposto é privilegiada a expressão individual
do artista que faz o seu trabalho a partir de um treino e disciplina diária “daily
practice of painting”.
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