segunda-feira, 2 de junho de 2025

Exposição- "Voltar a gostar de rosa"

 "Voltar a gostar de rosa" é uma exposição que esteve presente, nas Caldas da Rainha num evento que celebra a cultura, a arte e a liberdade, "Caldas Late Night". 

Entre os dias 28 e 31 de Maio todos aqueles que se encontravam no evento onde procuravam algo que lhes abrisse mentes e despertasse o coração encontraram nesta exposição uma reflexão e até um certo silêncio. "Voltar a gostar de rosa" fala sobre o corpo e os seus traumas, remetendo a violência sexual. Através de cordas vermelhas e rosas ligadas às várias partes do corpo estão os traumas que esse corpo pode ter passado. As cores vermelhas fazem representar o sangue e a violência em contraste com as cores rosas que representa aquilo que é feminino. 

Esta exposição serve como um ponto de denúncia para a violência no namoro, para o corpo e a mente que ficam traumatizados num silêncio de medo e vergonha. Encontramos espalhadas pequenas partes do corpo, acessórios, mensagens que tentam espelhar o sentimento presente. 

Podemos dizer que quando o ser humano não quer falar, o corpo fala por ele de várias maneiras, através de expressões, marcas, onde existe uma espécie de linguagem silenciosa que comunica com os mais atentos. 



Todas as exposições presentes neste evento são feitas principalmente pelos alunos de artes da ESAD, bem como por outros artistas. Esta exposição foi feita por uma aluna da ESAD que falou um pouco sobre quais foram os seus motivos ao realizar esta exposição onde abordou temas como já referidos anteriormente, como, o corpo e a mente, o subconsciente, os traumas, a violência física, sexual e emocional, as cordas e os seus significados e as ligações com os elementos presentes.

Observa-se um ambiente calmo, observador, curioso e pensante. Onde todos aqueles que param para observar a exposição não imaginam a história por trás do que aparece à primeira vista, mas com um olhar atento e curioso faz perceber a muitos a mensagem que todos aqueles elementos representam.


















Pelo corredor, onde vão percorrendo as várias pessoas ouvem-se diálogos, questionamentos e até admiração. Por outro lado, enquanto uns ficam alguns minutos a tentar admirar a obra, outros passam  olhando apenas uma vez para ela saindo como se de nada se tratasse, onde não dão espaço para a reflexão ou indignação. 

Uma exposição que "falou" muito para alguns e nada para outros.