Rui
Toscano
Civilizações
de Tipo I, II e III
MNAC,
Lisboa
21
de Novembro 2015 – 14 de Fevereiro 2016
Entrada
4,50€ (gratuito alunos FBAUL)
curador:
Nuno Faria
A GRANDE PIRÂMIDE I, 2015. 2 projetores de diapositivos, MDF pintado, madeira, ferro.113 x 400 x 70 cm
Fonte: Própria
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Dirigi-me
ao Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC) num dia
chuvoso em que um local calmo e reflectivo era o que eu procurava,
não sabendo da existência da exposição de Rui Toscano no mesmo
local. Após ser muito bem recebida por duas senhoras à entrada,
percebi que o preço estava ajustado à qualidade de artistas que o
Museu alberga, incluindo a eficiência energética para obras que
(cada vez mais) inserem a tecnologia como matéria-prima.
A
caminho do primeiro andar, um grande quadro fez-me admirar: uma
explosão de estrelas, o Big-Bang, a origem da nossa existência.
MESSIER 5, 2009. Acrilic on canvas. 250 x 400 cm
Fonte: Cristina Guerra Contemporary Art
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Tive
assim o primeiro contacto com o trabalho de Rui Toscano que dá
inicio à sua viagem pelo tempo e o espaço. O artista nasceu em
Lisboa a 1970 tendo estudado pitura e escultura na Ar.Co e na FBAUL.
O sucesso com trabalhos mais antigos englobam a amplificação
sonora, a referência à cultura Rock (o radiogravador) e o elemento
escultórico, que desta vez deu permissa ao videomapping para
(de)formar as suas peças. Agora também a imagem fotográfica, a
pintura, o video e o processing da interactividade mostram um artista
multifacetado quanto aos suportes.
Sem Título, 2015 - 10 projectores de diapositivos com ecran
121 x 160 x 166 cm
Fonte: Própria |
Emissão, recepção, transmissão... Ultimamente RT tem-se expandido pela arte multiméda através de instalações, video jamming e video-landscape. No entanto esta não é a primeira investigação retrospectiva sobre teorias espaciais e o avanço inter-galáctico que o artista nos oferece: RT continua a sobrevoar o mesmo universo que La Grande Aventura dell Spacio, em 2003 e Journey Beyond the Stars em 2015.
Em
Civilizações
de Tipo I, I e III
é-nos proposta uma introspecção tecnológica com a contemplação
alienante que o artista plástico radicalista trasmite. A colagem de
imagens salta à vista quando nos aproximamos (interactiva), numa
relação temática à ficção ciêntifica do cinema americano,
unindo o passado ao futuro em pirâmides mapeadas com «distopias»
de Blade
Runner.
A GRANDE PIRÂMIDE II, 2015. 2 projecções de video HD, cor, som, 37''(loop), MDF pintado.
421 x 170 cm | Fonte: Própria |
Como
o nome da exposição o indica, a escala de Kardashev (astrofisico
russo que quantifica niveis de civilizações através da evolução
energética de cada uma) é lembrada através da ambiência espacial
que aproxima o imaginário cósmico ao real ficcionado dos povos
pré-columbianos e Antigo Egipto e as suas teorias qe até hoje são
objecto de estudo por muitos futuristas. Sinto que estas instalações
visionárias conseguem trasmitir o cosmos invisível a uma escala
inconcebivel, e que embora a biliões de anos luz do nosso planeta,
somos capazes de atingir as várias civilizações que nos precedem.
Esta
exposição constitui uma parceria entre a Direcção Geral do
Patriónio Cultural e A Oficina. Com curadoria de Nuno Faria
(Director Artistico do Centro Internacional José de Guimarães) a
exposição tomará lugar em Guimarães no dia 27 de Fevereiro, no
CIAJG.
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