A Morte do Corvo
Edgar A. Poe
Crédito: Arlindo Camacho
Espetáculo Imersivo - Teatro
Período: 13 de janeiro a 30 de julho de 2023
Horário: quarta a sábado 21h; domingo:17h
Local: Antigo Hospital Militar da Estrela
Morada: Morada: R. Santo António à Estrela 29 A, 1350-291 Lisboa
Valor: Entre 38€ a 60€
Duração do espetáculo 100 minutos
Maiores de 18 anos
Ficha Técnica: Nuno Moreira, ideia e direção artística; Ana Padrão, encenação; Bruno Rodrigues, direção de coreografia; Bruno Rodrigues, Celso Pedro, Ema Fonseca,Emanuel Arada; Gabriel Delfino Marques, Henrique Gomes; Leonardo Dias, lia Goulart, Mariana Fonseca, Patricia Borralho, Pedro Nuno, Rebeca Cunha Sérgio Diogo Matias e Soraia Sousa, interpretação
Espaço Cénico | Rui Francisco e Susana Fonseca
Criação musical | Jorge queijo
Design de Figurinos | Miss Suzie
Desenho de Luz | João Cachulo
Sistema de Som | João Maya
Maquilhagem e Cabelos| Ana Lorena, Ana Ferreira
Fotografias | Arlindo Camacho
Design e Ilustração | José Costa e Pedro Naves
Realização e Montagem dos trailers | Santa Rita filmes: Patricia Sequeira
Direção de Fotografia | João Souza
Correção de Cor | Marco Amaral
Direção de Cena | Diogo Chamorra, Gabriel Lapas, Luisa Pereira
Operadores Multimédia | Francisco Ramos, Matilde Sardo
Assistentes de Figurinos | Carolina Fadigas e Nuno Gonçalves
A Peça Imersiva | House of Neverless
O antigo Hospital Militar da Estrela com três pisos e mais de 20 salas foi transformado numa Sociedade Secreta, a Ordem dos Corvos, a decoração cenográfica e a micro adereçagem criam a sensação de sermos transportados para os loucos anos 20.
O set não tem palco, o espaço é todo ele um palco em que o espetador partilha o mesmo pódio que os atores, circulando ambos em pé de igualdade por todo o espaço cénico.
Não há diálogo e a interpretação física substitui as palavras. O espectador encontra-se perante várias cenas em simultâneo, que por vezes se cruzam, escolhe o nível de proximidade que deseja dos atores e pode escolher também seguir, ao longo do enredo, a personagem que quiser. É parte da história. O espaço, com as suas passagens secretas, torna-se parte intrigante da experiência carregada de emoção, segredos e erotismo.
A trama dramática passa-se em Lisboa no ano de 1924. A funerária Nevermore, esconde no andar de cima uma sociedade secreta, A Ordem dos Corvos, que procura o segredo da vida para além da morte.
Fernando Pessoa, membro da Ordem, encontra-se a traduzir o poema “ The Raven” de Poe.
Os dois poetas, Fernando Pessoa e Edgar Allan Poe, nutrem um misto de admiração e inveja um pelo outro.
A Ordem é liderada por Edgar Allan Poe, que movido por uma incontrolável inveja da genialidade de Fernando Pessoa arquiteta uma forma de o matar, manipulando todos à sua volta.
Os membros da Ordem são convidados a passar por um ritual iniciático que envolve uma comunhão com as forças da natureza, depois deverão assinar um contrato que implica a entrega póstuma do seu corpo para experiências de reanimação.
Pessoa, convida o seu grande amigo Mário de Sá-Carneiro, para o ritual de iniciação para entrar na Ordem.
Sucedem vários acontecimentos que desencadeiam em Pessoa um ciclo depressivo: A rejeição de Ofélia, o suicídio de Mário e também o descrédito em si próprio. Ciclo este que termina, para si, da pior forma. Termina com o funeral de um dos maiores poetas de sempre.
A Organização do Edifício d'A Morte do Corvo
Piso 0: Funerária Nevermore
Simboliza a Morte, com tons mais escuros, entre o roxo e o negro. Aqui podem encontrar o Escritório de Poe, a Ervanária e o Quarto de Pessoa e Ofélia.
Piso 1: Ordem dos Corvos
Celebra a vida, e a cor dos corredores abre para encarnados.
É onde está o Quarto de Mário e Hélène, a Floresta Iniciática e o cabaret burlesco, The Green Fairy.
Piso 2: L'Opium
Remete para o sublime, marcado pelo azul celeste.
Vasco, o Barman
Trabalha no The Green Fairy e fará tudo para ser promovido.
Celeste
A Ervanária, cunhada de Poe. Envenenou o marido, Poe ajudo-a a fugir e agora exige a sua lealdade.
Leonore
A mulher morta de Poe, que ele pretende trazer de volta, contrariando as leis da Ordem.
O Agente Funerário
Trabalha para Poe, mas planeia roubar-lhe o negócio.
Os Convidados de Nevermore:
Fernando Pessoa
Casado com Ofélia. Está a traduzir o poema “ The Raven” de Poe e convida Mário para entrar na Ordem.
Mário de Sá-Carneiro
O poeta, que convidado por Pessoa, vai ser iniciado na Ordem dos Corvos.
Ofélia
É levada a desconfiar que o marido Pessoa, e Mário possam ser mais do que amigos.
Hélène
A amante Parisiense de Mário. O seu sonho é trabalhar nos Ziegfeld Follies. Poe ajuda-a em troca de favores.
A Performance | Bruno Rodrigues interpretando Mário de Sá-Carneiro
Simboliza a Morte, com tons mais escuros, entre o roxo e o negro. Aqui podem encontrar o Escritório de Poe, a Ervanária e o Quarto de Pessoa e Ofélia.
Piso 1: Ordem dos Corvos
Celebra a vida, e a cor dos corredores abre para encarnados.
É onde está o Quarto de Mário e Hélène, a Floresta Iniciática e o cabaret burlesco, The Green Fairy.
Piso 2: L'Opium
Remete para o sublime, marcado pelo azul celeste.
Os Residentes de Nevermore:
Edgar Allan Poe
Diretor da Agência Funerária e líder da Ordem dos Corvos, em Lisboa.Vasco, o Barman
Trabalha no The Green Fairy e fará tudo para ser promovido.
Celeste
A Ervanária, cunhada de Poe. Envenenou o marido, Poe ajudo-a a fugir e agora exige a sua lealdade.
Leonore
A mulher morta de Poe, que ele pretende trazer de volta, contrariando as leis da Ordem.
O Agente Funerário
Trabalha para Poe, mas planeia roubar-lhe o negócio.
Os Convidados de Nevermore:
Fernando Pessoa
Casado com Ofélia. Está a traduzir o poema “ The Raven” de Poe e convida Mário para entrar na Ordem.
Mário de Sá-Carneiro
O poeta, que convidado por Pessoa, vai ser iniciado na Ordem dos Corvos.
Ofélia
É levada a desconfiar que o marido Pessoa, e Mário possam ser mais do que amigos.
Hélène
A amante Parisiense de Mário. O seu sonho é trabalhar nos Ziegfeld Follies. Poe ajuda-a em troca de favores.
A Performance | Bruno Rodrigues interpretando Mário de Sá-Carneiro
O desespero de Mário
Crédito: Arlindo Camacho
Bruno Rodrigues interpreta a personagem de Mário de Sá-Carneiro.
Bruno Rodrigues interpreta a personagem de Mário de Sá-Carneiro.
Manipulados por Allan Poe, são vários os que conspiram para o “fim” de Mário: A Ervanária, que o droga antes do ritual Iniciático e lhe oferece estricnina, através de um balde lançado por uma corda.
Ofélia, que o humilha no jogo de xadrez, revelando que sabe do seu fetiche por cavalos. E o Barman, que se veste com a gabardine e o chapéu de Pessoa, somente para o provocar e rejeitar de seguida.
Numa performance de teatro físico de extrema beleza e sensibilidade, narrando únicamente com o corpo, o ator traduz emoções e sentimentos que nos fazem crer que a narrativa vale cada segundo. Determinado, intenso, dramático, violento, desesperado, explorando os limites da expressividade física na recriação da morte e do desespero. Na tensão que coloca nos gestos, no sofrimento que traduz a sua respiração na violência das quedas e do confronto com o espaço e na exploração dos limites da proximidade física com Hélène.
Convincente e intenso nas cenas de diálogo corporal com o barman. Parece tão autêntico que se entranha em nós e nos arrepia e nos cansa, nos faz suspirar e necessitar de desviar o olhar para recuperar o fôlego. A despreocupação do espaço pessoal e a proximidade física com os visitantes aumenta a estranheza da partilha nas cenas mais intensas e mais dolorosas de tão verdadeiras que parecem.
A capacidade de nos fazer imergir numa realidade ficcionada provocando emoção suscita a nossa imaginação e convoca-nos para o universo da fantasia e leva-nos para os enredos e tramas, convida-nos a espreitar os seus segredos e fetiches e devolve-nos o peso da sua angústia e da sua dor. Todo o seu corpo comunica. O Cheiro dos espaços, a cenografia e os desenhos de luz convocam igualmente a nossa imaginação.
Os Amantes ( Hélène e Mário) discutem violentemente.
Crédito: Arlindo Camacho
Vasco, o Barman veste-se de Pessoa e rouba o anel da Ordem a Mário
Crédito: Arlindo Camacho
Trailer:
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