quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Guerrilla Girls e o design ativista

O design ativista tem vindo a crescer nos últimos anos. Cada vez mais são os jovens que usam a sua arte para se exprimir e lutar pelos suas ideias. Diversas são as causas, tais como as alterações climáticas, a igualdade de género, a comunidade queer, entre outros…

Um dos grupos que maior reconhecimento obteve e mais trouxe o tema da igualdade de género para cima da mesa, foram as Guerrilla Girls. Com origem em Nova York, este é um grupo anónimo que veio revolucionar o mundo da arte. Os seus cartazes, já desde 1985, que chocam a sociedade lutando pelo reconhecimento do papel da mulher nas artes. Este coletivo feminista veio criticar os mais conceituados museus e diretores de arte pela falta de obras da autoria de mulheres nas suas exposições.




O design gráfico foi a área escolhida para a sua luta. Criam cartazes, outdoors e campanhas publicitárias com uma imagem que na atualidade já é reconhecido por todos. Apresentam sempre a mesma fonte tipográfica, a composição é composta por texto/informação que pode ser complementado de uma imagem, as cores utilizadas são maioritariamente o preto e branco, por vezes com a presença do amarelo vivo e do magenta, tudo isto apresentando uma estética enquadrada no design pós-moderno.



As Guerrilla Girls mantêm o seu anonimato através do uso de marcaras de gorilas e pseudónimos de artistas que já não estão entre nós. As mascaras em conjunto com as características gráficas criam a tão reconhecida imagem de marca deste grupo.
Apesar de acreditar que este grupo já é do conhecimento de todos, achei pertinente a partilha aqui no blog. Acho interessante olhar para estas lutas através do design e do seu contributo para as futuras gerações. Acho bom olharmos para os cartazes destas artistas e olhar para eles como algo mais que apenas um objeto ativista. São objetos de arte, são essencialmente objetos de design.



Acho que é essencial as novas gerações pensarem no design como um meio onde se podem expressar, onde podem dar e aprender a se conhecer. O design não é apenas uma reposta a um cliente, não é apenas um cartaz que vemos no metro. O design também pode e deve ser uma resposta ao mundo que nos rodeia.










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