sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Queen of the Books — Irma Boom // Construction of a Book


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A designer holandesa ou a “book designer”, Irma Boom tem uma abordagem nos seus projetos editoriais que provém muito de um processo espontâneo, em que não faz um compromisso no que vai na sua cabeça, acreditando na confiança e na liberdade que os outros lhe dão no seu processo de design, do que focalizar como é que irá ser o resultado. Ao longo da materialização do objeto vamos encontrando-nos com particularidades e condicionantes que irão de certeza mudar o “outlook” geral do projeto. Irma é puramente isso, desafia a convenção dos livros, tanto no corpo e no manuseamento do livro como também nos modos de ver o conteúdo que é impresso. É um facto que os seus livros assumem uma concepção inventiva, experimental e quase arquitectónica, onde cada livro é visualizado como um meio único para entregar informações.  


‘I compare my work to architecture. I don’t build villas, I build social housing. The books are industrially made and they need to be made very well. I am all for industrial production. I hate one-offs. On one book you can do anything, but if you do a print run, that is a challenge. It’s never art. Never, never, never.’

— Irma Boom


O objetivo de Boom é melhorar a compreensão dos leitores e, ao mesmo tempo, criar um objeto de beleza, com qualidade e permanência. Da tipografia ao material, cada detalhe que Boom aplica aos seus projetos possui uma lógica subjacente. Criar uma experiência tátil e sensorial ao projeto é muito importante para Boom, que pretende incentivar a uma descoberta e interação. Alguns de seus livros podem ser desprovidos de números de página ou índice. Ela pode até ter o livro impresso inteiramente em ordem cronológica invertida. As capas dos livros podem ser deixadas em branco e a escala do livro distorcida em tamanho e espessura. As páginas internas podem ser escolhidas a base de códigos de cores elaboradamente ou por motivos ocultos. Também podemos ter um livro puramente branco sem tinta que só detém relevo, como a obra, Chanel Nº5 Book, ou até mesmo ter uma graduação no corpo de texto como aparece no livro Sheila Hicks, apelando a uma leitura curiosa mas com atenção. Cada pequeno detalhe é analisado para maximizar seu potencial de conexão em contraste com suas contrapartidas digitais.








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