Alphaville, é um filme de ficção científica de 1965, dirigido
por Jean-Luc Godard.
Lemmy Caution, um detective disfarçado de jornalista (Eddy Constantine), vai à cidade de Alphaville investigar as
anomalias presentes que afetam o psicológico dos seus habitantes, causadas pela
máquina Alpha 60. Conhece Natacha (Anna Karina) que é a filha do cientista Dr.
Von Braun, que projetou e desenhou este engenho meio robô meio humano. O
detective pretende acabar com este computador maléfico e com os planos do Dr.
Von Braun, convencendo-o a desligar a máquina, de modo a evitar uma guerra
intergaláctica.
O Alpha 60 controla a vida das pessoas e as suas relações interpessoais. Não há sentimentos e palavras como “amor” não existem nos dicionários, nem nas mentes das pessoas. Os seres humanos vivem como se fossem robôs, numa cidade totalitária e sem liberdade de expressão. Um dos exemplos são as prostitutas, ou “seductress third class”, que em pelo menos duas das cenas, cada suma dirige-se ao detective da mesma forma, acompanhando-o ao quarto e fazendo as mesmas perguntas de forma robotizada. Neste mundo, as mulheres são vistas e exploradas como objetos sexuais, como se pode ser através de algumas cenas, onde a nudez feminina é presente.
O Alpha 60 controla a vida das pessoas e as suas relações interpessoais. Não há sentimentos e palavras como “amor” não existem nos dicionários, nem nas mentes das pessoas. Os seres humanos vivem como se fossem robôs, numa cidade totalitária e sem liberdade de expressão. Um dos exemplos são as prostitutas, ou “seductress third class”, que em pelo menos duas das cenas, cada suma dirige-se ao detective da mesma forma, acompanhando-o ao quarto e fazendo as mesmas perguntas de forma robotizada. Neste mundo, as mulheres são vistas e exploradas como objetos sexuais, como se pode ser através de algumas cenas, onde a nudez feminina é presente.
Toda a sua narrativa, apesar do ano, continua a transmitir ideias muito actuais e críticas aos maus hábitos da sociedade. Revela que quando somos
controlados pela tecnologia, perdemos a nossa natureza humana e toda a sua
parte sensível e emocional. Dá lugar à parte extrema do lado racional e o lado sentimental
é inexistente. É uma cidade do progresso e tecnológica que perdeu todo o seu
lado natural. Não há espaço para lágrimas. A bíblia, presente em todas as casas
destes habitantes, é de facto um dicionário, em que todos os dias uma palavra é
proibida e sai do vocabulário do mesmo.
Com o tempo, o detective encontra cada vez mais anomalias,
desde a execução de pessoas que se arriscam a expressar as suas opiniões, a números de série encontrados em partes dos corpos das pessoas. Em
paralelo com esta situação, Lemmy apaixona-se por Natacha, e aos poucos ajuda-a
a tornar-se humana de novo. Natacha, aos poucos começa a sentir emoções e a questioná-las,
pois era algo bastante desconhecido na sua pessoa, sendo que no fim
liberta-se e finalmente revela o seu amor por Caution.
Para além da sua narrativa extraordinária, pode-se observar
os jogos de luz. Este filme, dado à sua época, é a preto e branco, e, com os
jogos de luz, torna o contraste muito mais interessante. Ao longo da história
podemos observar frames de um círculo brilhante (indicativo do Alpha 60), ou letras e setas em luzes
néon, que servem de ligação entre cenas. Também importante referir os planos que mostram as luzes do cenário, como
o exemplo do edifício à noite, com as luzes acesas de todas as salas. Tudo isto
para clarificar o observador de que se está a tratar de uma cidade avançada
tecnologicamente.
É um filme acessível e fácil de interpretar. Tem
muito simbolismo e um carácter gráfico bastante artístico e presente na ligação
entre frames.
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