cartaz de Angelina Velosa
No último dia de 2017, a equipa Maternidade em parceria com
a Cerveja Musa organizaram na fábrica desta última o fim de ano que contou com alguns
dos músicos que dão identidade à noite Lisboeta o resto do ano. Foram dez
concertos, uma perfomance e dois DJ sets de músicos, bandas e DJ’s já
conhecidas pelo público atento ao que faz a Maternidade em casas como o Damas e
a ZDB, entre eles destacam-se Luís Severo, Filipe Sambado e Vaiapraia e as
Rainhas do Baile.
A noite abriu com o folk onírico de April Marmara,
acompanhada por Teresa Castro (Calcutá e Mighty Sands) e Martim Braz Teixeira
(Jasmim e Mighty Sands) e imediatamente a seguir a esta atuação Luís Severo faz
o primeiro interlúdio acústico entre concertos da noite, com “Olho de Lince”
que rapidamente contou com o apoio da totalidade do público para cantar o verso
no refrão tão relevante tendo em conta o atual contexto na capital: “Isto aqui é Lisboa cada qual que
se defenda”.
À meia noite assistiu-se a uma versão com todos os elementos
(músicos e não músicos) da associação Maternidade de “Vida Salgada” um dos
hinos da nova música portuguesa. A noite seguiu com concertos de Lucía Vives,
Hércules e às duas da manhã assistimos a mais uma performance elétrica e
visceral do queercore de Vaiapraia e as Rainhas do Baile que nunca deixam de
fazer tremer todo o chão que pisam e em Filipe Sambado, e de seguida Luís
Severo, o público cantou numa só voz temas tão acarinhados pelo público.
O evento foi desta forma uma celebração daquilo que é mais
importante para uma associação de músicos, a amizade entre estes e aquilo que esta
produz de tão genuíno que passa inevitavelmente para quem a testemunha como
público.
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