Sentiu-se a simplicidade de uma exposição intimista e delicada, onde o espaço foi amplo para o tamanho pequeno dos desenhos, fotos, pinturas e instalações de pequenos objetos, fragmentos e experiências sensoriais. A luz vem de 3 janelas, de alguns pequenos holofotes acentuando o brilho refletido nas paredes e nas composições. No fundo mais escuro, desenhou-se um círculo de luz que destacou um misterioso espaço. Os artistas participantes foram: Carlos Henriques, Catarina Reis, o grupo: João Pedro Costa, Ana Mena, Helena Elias e João Castro Silva; Jorge Forero, Lui Avallos, Marta Lucas, Pedro Ângelo, e os coletivos ARTiVIS e ÉBANO, “as composições plasmam diferentes temporalidades e estágios matéricos, colapsando planos visuais que evocam tanto a teoria “da matéria vibrante” de Jane Bennett, como o “conhecimento situado” de Donna Haraway e “o sujeito nómada” de Rosi Braidotti.”
Os
folhetos da exposição ressaltavam ao olhar pela imagem ilustrativa da capa e a e a sua relação com o título, Fragmentos Híbridos. Acompanhou bem a
visita e a reflexão sobre os conteúdos teóricos e informativos. Continha um QR code para aceder à Realidade
Aumentada, Artivive, uma ferramenta revolucionária que ajudou a transformar
a maneira de olhar a exposição. O acompanhamento foi contínuo no descobrir dos
fragmentos correspondentes que formavam, assim, um todo. “Através de uma
seleção de imagens e objetos de diversos artistas, a exposição apresenta fragmentos
que ora se manifestam como documentos, ora se reconfiguram como “imagens
sobreviventes” de Georges Didi-Huberman, surgindo em novas
materialidades e ambientes digitais que mantêm a latência das suas aparições
anteriores.” As imagens fantasmas, as que “sobrevivem nas fotografias”. O
folheto foi dando a conhecer a exposição, através do mapa da galeria, e a possibilidade
de ler e pesquisar para aprofundar e conhecer os diversos projetos. Um bom guia
informativo e didático, para quem não é desta área “A exposição Fragmentos
Híbridos, emerge no âmbito das materialidades híbridas e de processos
artísticos baseados na prática. Explora-se assim a potencialidade especulativa
do fragmento como conceito operativo nas artes e como recurso para a formação
em investigação artística no ensino superior.” Partindo da ideia de que uma
porção de algo pode renascer e recriar qualquer outra “coisa”, a
mostra propõe situações experimentais que articulam diferentes corpos materiais
no continuum da realidade-virtualidade. Este processo visa
promover o diálogo entre sujeitos e materiais, que também podem ser sujeitos.”![]() |
| Planta e título das obras |



As emoções evadiram e tudo se
transformou num percurso de espanto e curiosidade. O espaço começou a ser mais
pequeno, mas os objetos continuaram a contar a sua história e memórias
fantasmas. A mostra propôs situações experimentais, as quais interagiram fragmentadas
com o corpo e o espaço. A RA desvendou essas memórias interiores.
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“Inspirando-se na noção de tessera
da crítica literária de Harold Bloom, (1973), e no conceito
de constelação enquanto processo criativo dinâmico de Helena Elias,
(2019), que resgata a complexidade, significado e autonomia do
fragmento de Luísa Perienes 2010), Fragmentos Híbridos expande
o conceito de “fragmento nómada” proposto por Helena Elias,
Mónica Mendes, Pedro Ângelo e Marta Lucas (2024)”. “Numa progressão de
texturas, espaços e materializações híbridas, a exposição é um convite à
imersão através de experiências multissensoriais, do desenho e da pintura aos
fragmentos de múltiplas proveniências, aos conteúdos em Realidade Aumentada
e Realidade Virtual.” 
https://www.belasartes.ulisboa.pt/o-fragmento-nomada-workshop- do-projecto-caphe/

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| projeto CAPHE |
Apoios de ITI/LARSYS, VICARTE e LiDA – (ESAD.CR/ IPL) com a parceria da CAPHE©2025 - COMMUNITIES AND ARTISTIC PARTICIPATION IN HYBRID ENVIRONMENTS – HORIZON EUROPE PROGRAM UNDER GRANT – AGREEMENT NO. 101086391
https://iti.larsys.pt/project/artivis/ https://iti.larsys.pt/ https://www.artivive.com/ https://www.ebanocollective.org/team/
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