sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Julio Plaza e o livro como uma sequência de espaços


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Julio Plaza foi um artista plástico e designer gráfico nascido em 1938, em Madri. Em 1967 foi para o Brasil para representar a Espanha na IX Bienal de São Paulo. Mais tarde foi para o Rio de Janeiro, onde passou dois anos a estudar na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI). Foi designer gráfico do jornal "Zero Hora", em Porto Alegre, para onde se mudou em 1969. Fez os projetos dos catálogos da 16ª e da 17ª Bienal de São Paulo, em 1981 e 1983. Em 1973, radicou-se em São Paulo, onde foi professor em várias universidades, entre elas a Faap e a ECA / USP, tendo influenciado grande parte da chamada "Geração 80".

Seguidor da tradição do construtivismo europeu, tornou-se um dos artistas mais importantes da história da arte no Brasil e também no mundo. Seu trabalho, além da produção artística, também se desdobrou no campo teórico. Publicou vários livros, como por exemplo "Tradução Intersemiótica", “Arte e interatividade: Autor-obra-recepção” e "Os Processos Criativos com os Meios Eletrônicos: Poéticas Digitais", este último em parceria com Monica Tavares.

Dentre as suas obras destacam-se o livro “Objeto”, feito em serigrafia com recortes (um exemplo típico do que viera a chamar posteriormente de obra aberta);



o livro “Poemobiles”, que nasce do encontro com o poeta concreto Augusto de Campos e se caracteriza por ser uma série de objetos-poemas tridimensionais que se movimentam e se reconfiguram a partir da manipulação do leitor;




e o livro “Poética-Política”, no qual que Julio questiona e subverte as relações de poder entre países e continentes através de uma composição feita a partir de uma sequência de silhuetas do mapa-mundi e do mapa da América Latina;



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Referências Bibliográficas:

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SILVEIRA, P. Definições e indefinições do livro de artista. In: A página violada: da ternura à injúria na construção do livro de artista [online]. 2nd ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.


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