sábado, 27 de janeiro de 2018

“DESTINED FOR FAILURE” do artista DEALMEIDA E SILVA



A exposição “DESTINED FOR FAILURE” do artista DEALMEIDA E SILVA, com curadoria de Nuno Crespo, inaugurou dia 11 de Janeiro. Pode ser visitada do dia 12 de Janeiro ao dia 1 de Fevereiro entre Terça e Sábado das 14h00 às 19h00.
DEALMEIDA E SILVA é um jovem artista português que estudou pintura nas belas artes. Desde que acabou o curso esteve em Berlin, Leipzig, Hamburgo e Lisboa, sítios em que têm desenvolvido o seu trabalho.
Conheci o trabalho do artista, numa pequena residência que fez no BREGAS, antigo atelier dos artistas João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira.
Recentemente inaugurou uma exposição com outros jovens artistas, Igor Jesus, Tiago Alexandre, na casa-atelier Júlio Pomar.
O seu trabalho é particular, quase sempre pintura cheia de cores fortes, temas clássicos, juntos de formas estranhas com uma linguagem do grafiti.
O seu trabalho lembra-me o trabalho da artista norte americana Katherine Bernhardt, pela bidimensionalidade das formas, fundos lisos, e pelo jeito “infantil” em desenhar os objectos de uma forma totalmente despreocupada e livre.
Esta exposição dividia-se em duas salas. A primeira continha quatro grandes pinturas dispostas em quatro paredes. A segunda duas pinturas grandes, uma pintura desengradada (só o pano) enviesada à sala no chão, uma pintura com volume, ou seja, um objecto que remete para uma taça grega mas que na minha opinião encontra-se no campo da pintura e não no da escultura, e duas pinturas de pequenas dimensões, uma no alto da parede e a outra no baixo, quase a tocar no chão.




“Neste sentido, os trabalhos de Dealmeida Esilva podem constituir-se para o seu espectador como uma espécie inesperada de lições anacrónicas de pintura onde se dá a ver a proximidade e relação entre, por exemplo, Tintoretto, Giorgione, Tiziano, Bellini e Veronese (For all the forgotten Muses, 2017). E esta é uma relação anacrónica porque não obedece a nenhum principio cronico, temático ou estilístico, mas a um apetite voraz pelas imagens, pela sua génese…” (Nuno Crespo)
É uma exposição bem conseguida, em que todas obras dialogam entre si.

Em todos os trabalhos exposto é privilegiada a expressão individual do artista que faz o seu trabalho a partir de um treino e disciplina diária “daily practice of painting”.


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