O National Geographic Exodus Aveiro Fest é um Festival
Internacional de Fotografia e Vídeo de Viagem e Aventura que se realizou nos
dias 1, 2 e 3 de dezembro no Centro de Congressos de Aveiro. Num mesmo local
juntou-se os melhores fotógrafos e videógrafos destas áreas, tanto
internacional como nacional, com o intuito de partilhar, através das suas
imagens e vídeos, as suas cativantes histórias e experiências nos lugares mais
remotos do planeta, enfrentando desafios psicológicos e radicais.
O festival é livre de qualquer barreira sejam elas, dúvidas,
medos, preconceitos, culturais ou étnicas. O público é envolvido por um
sentimento gigantesco de liberdade, de descoberta e de exploração, criando uma
sensação de aventura e abrindo o coração a todos os envolvidos. É através da
magia dos oradores e das suas cativantes histórias e experiências que a plateia
irá ficar inspirada a viajar e a partilhar projetos.
A exposição de fotografia foi a porta de entrada não só para
o evento, como também para os universos para os quais o trabalho dos fotógrafos
nos transportam, impossível de ficar indiferente.
A organização é composta por três fotógrafos nacionais,
Bernardo Conde, Gonçalo Figueiredo e Pedro Cerqueira. Quem abriu o festival foi
Bernardo Conde, entregando-se de alma e coração, com um discurso muito
emocionado e agradecido à plateia. Dirigiu-se aos presentes com muito carinho e
abertura removendo todos os formalismos, incentivando cada um dos que o ouviam
a fazer mais e a seguir os seus sonhos, com as seguintes palavras “todos
podemos fazer coisas”.
De seguida foi o momento do homenageado do evento, o
fotojornalista Reza Deghati. Este encantou a plateia com as suas histórias.
Reza é um fotojornalista que se dedica à fotografia há mais de 30 anos, já
viajou por imensos países e contribuiu para inúmeras revistas. Esteve também
associado a diversas ações humanitárias e foram-lhe atribuídos prémios na
categoria de fotografia como Infinity Awards e o Word Press Photo.
Entre os oradores convidados encontram-se Ami Vitale,
fotógrafa da National Geographic que já viajou por mais de 90 países, viveu em
barracas e cenários de guerra, contraiu malária, e esteve presente em trágicas
catástrofes naturais. Está também Mário Cruz, fotojornalista da Lusa e que
publicou o premiado trabalho sobre os Talibés, crianças escravizadas em
pretensas escolas corânicas do Senegal. E ainda o fotógrafo Akesh do Bangladesh
que se tem empenhado na denúncia de trabalho infantil entre outras causas
sociais. Também Pete McBride, fotógrafo e videógrafo, que tem feito trabalho
notório sobre a conservação do rio Colorado. E Oliver Astrologo um dos mais
procurados videógrafos pelas marcas de viagem, reconhecido pelas técnicas de
edição.
O programa é intenso e variado, passando por palestras para
um auditório de 700 pessoas até a dinamização de pequenas tertúlias de viagens.
Conversas sobre o provável e o improvável, desde o poder da imagem e a
satisfação da viagem, como a força da denúncia e da urgência da conservação da
natureza.
A beleza que vimos nas imagens de certos locais contrasta com
a destruição humana que aos poucos vai consumindo o ambiente. O festival serviu
para trazer reação e inspiração a participar ativamente na erradicação de
práticas poluentes tocando na parte mais humana de cada um, porque a fotografia
também tem o poder de servir de prova.
O evento foi o meio usado como forma de sensibilização, tocando
cada um dos envolvidos atribuindo-lhes responsabilidade do que iriam observar e
do que estão a participar. Um dos assuntos mais abordados foi o excessivo
consumo de plástico descartável, a sua extinção por completo seria por si uma
melhoria incrível, como tal, à entrada foi-nos oferecido um saco de pano e uma
garrafa de aço inoxidável como medida preventiva e sensibilizadora.
Este é o festival dos viajantes, dos sonhadores e dos
fotógrafos, concebido para inspirar a alma, reanimar a consciência e tirar os
medos das aventuras. Uma homenagem à fotografia, à viagem, ao nosso planeta.
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